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Educar para Crescer - Editora Abril

Completando 20 anos de carreira, a maior parte trabalhando diretamente com crianças, Eliana, 35, sempre teve o cuidado e o prazer de oferecer um conteúdo educativo em seus programas de TV.

Eliana

No Tudo É Possível, da Record, que vai ao ar todos os domingos às 14h, por exemplo, a apresentadora continua fazendo questão de ter quadros que juntem informação e conhecimento ao entretenimento.
"De forma divertida, mostramos experiências de física, química, falamos de consumo consciente, reciclagem, mundo animal e culturas de outros povos", diz Eliana. Veja, nesta entrevista concedida à revista TITITI , o que mais a apresentadora conta sobre sua aventura de buscar e difundir o saber.


Por que você se preocupa com a educação?

Eliana - Não acredito em progresso sem cultura. Uma pessoa sem informação é manipulada mais facilmente. Sonho com uma sociedade consciente, na qual todos possam melhorar sua vida, sua rua, seu bairro e seu país. Busco sempre aprender mais e passar adiante meus conhecimentos.

Na sua opinião, qual o maior problema educacional hoje no Brasil?

Eliana - Acredito que seja a falta de capacitação dos professores. Eles são as peças-chave do sistema educacional e não há uma política de formação e atualização desses profissionais à altura do papel que representam.

Você acha que o governo está fazendo o que é possível pelo ensino no país?

Eliana - A magnitude do problema exige ações contundentes e urgentes por parte do governo. Infelizmente, não vemos isso acontecer. E o ensino fraco das últimas décadas produziu cidadãos que não sabem reivindicar seu direito à educação de qualidade.

O que mais poderia ser feito?

Eliana - Há algumas valiosas iniciativas da sociedade civil que buscam soluções propondo parcerias com o Estado, como o movimento Todos Pela Educação e a ONG Parceiros da Educação. Acredito que seja um caminho viável, de resultados reais.

As escolas públicas estão preparadas para receber alunos com necessidades especiais?

Eliana - Públicas ou privadas, as escolas têm de ser espaços de inclusão e necessitam estar preparadas para isso. Um aluno especial deve ser integrado à turma, recebendo uma atenção extra, sim, mas nunca numa situação de isolamento ou de diferenciação do grupo. Todos ganham quando aprendem a lidar com as diferenças.

Em que colégios você estudou ao longo de sua vida? E quais lembranças tem do período escolar?

Eliana - Estudei nas escolas estaduais Aristides de Castro e Ministro Costa Manso e cursei até o terceiro ano da faculdade de psicologia, na FMU (Faculdades Metropolitanas Unidas), todas em São Paulo. As melhores lembranças são dos amigos, havia muitos.

Você era boa aluna ou fazia parte da turma da bagunça?

Eliana - Sempre fui uma boa aluna, mas adorava conversar (risos). Gostava muito de estudar artes plásticas, português e comunicação social.

Algum passeio que você fez com as professoras ficou na memória?

Eliana - Com a turma da escola, fiz um passeio incrível em uma famosa fábrica de canetas. Nós acompanhamos todo o processo de produção. Achei aquilo mágico. Busco sempre aprender e trago isso para os meus programas. É uma marca do meu trabalho, sempre. Divido com a plateia do auditório e com o público de casa o ensinamento de cada reportagem que faço ou de cada situação que trago para o palco.

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