Galinhada e sushi
No cardápio da apresentadora Eliana não pode faltar comida japonesa, trivial benfeito e pratos exóticos
Eliana Michaelichen Bezerra anima as tardes de domingo no programa de tevê que leva seu nome, no SBT. A apresentadora e empresária vive uma rotina pesada de gravações, mas não deixa que a correria do dia-a-dia atrapalhe a hora das refeições. Ela é fã de comida japonesa e que não perde a oportunidade de provar pratos exóticos dos lugares que visita no Brasil e no mundo. “Adoro experimentar, sou um ótimo garfo.”
Qual é a sua ligação com gastronomia?
Gosto de cozinhar, principalmente quando estou com um astral bom. Eu sou uma aventureira dos sabores. Sempre que vejo um prato num restaurante, penso que dá para fazer em casa. Alguns eu consigo reproduzir. Gosto de receber os amigos e de cozinhar para eles.
Que receitas você prepara para os amigos?
Prefiro os pratos simples, como picanha no forno com farofa, arroz branco, um feijãozinho preto. Tenho uma cozinha gourmet e uma de forno a lenha, onde preparamos também galinhada. É meio cozinha da vovó, sabe? Com uma saladinha e a galinhada na mesa, está feita a festa. Essa simplicidade me atrai. Acho que é nos pratos mais triviais que sabemos se o cozinheiro é bom ou não.
Como apresentadora, você viaja bastante. Gosta de experimentar sabores novos durantes as viagens?
Adoro experimentar, sou um ótimo garfo. Uma das delícias da vida é poder viajar para conhecer os sabores locais. De cada lugar que visito, guardo um gosto, como os pratos apimentados do México ou os sabores fortes do Nordeste brasileiro, como buchada, sarapatel. Dá para conhecer um povo por meio de sua comida.
Quais experiências culinárias a marcaram mais?
Quando fui ao Peru, adorei os diferentes tipos de milho. Tinha umas espigas roxas, outras com grãos enormes. Na Holanda, fiquei enlouquecida pelos queijos. No Egito, fiquei encantada com os odores e as cores dos mercados, cheios de especiarias. Estive três vezes lá, uma delas com minha amiga e chef de cozinha Morena Leite (do restaurante Capim Santo). Viajar com uma chef em meio a tantos temperos foi uma aventura, ela queria provar e levar tudo. O Egito é uma experiência sensorial incrível.
Entre tantos sabores, tem algum restaurante favorito?
Sou enlouquecida por comida japonesa. Em São Paulo, meus favoritos são o Jun Sakamoto, o Aizomê, e o Kinoshita. Gosto de coisas bem exóticas da culinária oriental, como natô (soja fermentada) com atum, ovas de bacalhau com ovo de codorna. O Saj também é um lugar que eu adoro, tem uma comidinha árabe muito bem feita. No Rio de Janeiro, visito sempre o restaurante da chef Roberta Sudbrack, que eu adoro. E sou cliente assídua do Azumi, um restaurante japonês pequenininho. É supertradicional, com uma comida bem feita.
Com quem aprendeu a cozinhar?
Minha mãe cozinha muito bem a comida caseira, o trivial, então aprendi com ela. O creme de milho que ela faz é muito bom, imbatível, assim como a maionese e a lasanha.
O que não pode faltar na sua geladeira?
Água com pouco sódio e frutas em geral. Nos finais de semana, entra algum doce, como musse de chocolate ou bolo prestígio. Adoro chocolate, sou chocólatra assumida.
E na adega?
Tenho em casa uma pequena adega para atender aos amigos que gostam de vinho. Prefiro os vinhos portugueses, mas provei alguns australianos e sul-africanos que achei bem interessantes. Mas não sou muito de vinho, adoro a velha e boa caipirinha, feita com vodca ou saquê e com muitas frutas. É minha bebidinha favorita.
Café é uma paixão? Qual você prefere?
Gosto muito de espresso, que tomo sempre no escritório ou no camarim, nos intervalos das gravações. De vez em quando vou ao Havanna ou aos cafés de livrarias, como o Il Barista, da livraria da Vila.
Na happy hour, qual a melhor pedida?
Gosto do Astor, que tem um picadinho imbatível, e sempre vou ao Pé de Manga com a minha produção, ambos na Vila Madalena. Saímos às vezes depois das gravações e vamos direto para lá. Nossa mesa favorita é a que fica embaixo do pé de manga. A Vila Madalena é meu destino preferido para bares.
Entrevista publicada pela Revista Menu
CONVERSATION