Ao fazer um balanço dos seus 30 anos como apresentadora de TV, em recente entrevista aqui para a coluna, Eliana disse ter orgulho de suas conquistas profissionais, mas fez questão de destacar que sua trajetória também foi marcada por “tombos e tropeços”. Ela começou aos 18 anos no comando do infantil “Festolândia” (1991), no SBT, e se reinventou como apresentadora para o público adulto, em 2005, com o “Tudo é possível”, na Record. Hoje, a loura sabe bem o papel que representa como a única mulher à frente de um programa de auditório aos domingos: “Vivemos em um país machista, patriarcal, em que a valorização da carreira feminina ainda está aquém da masculina”.
É realmente um feito digno de nota. A apresentadora está há 16 anos no ar no dia mais concorrido da semana e acaba de completar 12 anos com seu “Programa Eliana”, no SBT. É vice-líder de audiência no horário e costuma ficar à frente do “Hora do Faro”, da Record. Só perde para a Globo, que agora renova sua programação com a chegada de Luciano Huck, o novo titular do “Domingão” da emissora. Aos 47 anos, Eliana se tornou uma das grandes comunicadoras da televisão brasileira.
Ainda na entrevista que deu para a coluna, ela falou da amizade com Xuxa e Angélica e disse que a aproximação só aconteceu com a maturidade. Das três apresentadoras, ícones que marcaram a programação infantil da TV no fim dos anos 1980 e nos anos 1990, Eliana é a única que seguiu se comunicando com o amplo público da TV aberta. Após deixar a Record no fim do ano passado, Xuxa agora está cotada para apresentar uma versão brasileira do reality “RuPaul’s drag race”, no Multishow. Já Angélica, que não emplacou outro projeto para a Globo depois de uma temporada morna do “Simples assim”, exibido em 2020, prepara um novo programa, “Jornada astral”, sobre astrologia, para a plataforma de streaming HBO Max. Realmente, os tempos são outros.
Eliana na estreia do “Festolândia”, em 1991 Foto: Reprodução
Estreia com castelo e crianças no auditório
Eliana era uma das integrantes do grupo feminino Banana Split quando foi convidada por Silvio Santos, durante uma participação no “Qual é a música?”, para ser uma das apresentadoras do SBT, em 1991. O primeiro programa comandado por ela foi o “Festolândia”, atração infantil que tinha um auditório repleto de crianças. Com um castelo medieval no cenário, a atração remetia aos contos de fadas, mas só ficou no ar por poucos meses. Logo em seguida, a apresentadora foi escalada para comandar o “Sessão desenho”.
Nota publicada por Extra
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